É certo e sabido que, quando se vive no meio de pessoas estrangeiras, se ganha uma nova consciência do sítio de onde vimos e do quanto isso nos identifica. E é verdade que os que partem são, normalmente, mais ciosos da sua origem e do que ela respresenta.
Mas alguém que vive algum tempo no meio de pessoas estrangeiras, compreeende os seus vícios e, se lhe derem tempo suficiente, até os adquire. E quando regressa para junto da família e dos amigos já não é exactamente como eles. Pior, já vê para além deles e passa demasiado tempo a prestar atenção ao do que eles são feitos. Um bocado como alguém que vê um mau film de stop animation, em que se percebe demasiado a impressão digital sobre a plasticina, percebe como é que as coisas são feitas e perde-se o feitiço que faz correr o tempo como se nada fosse.
E depois volta ao estrangeiro, e depois a casa outra vez...
E acaba, ao fim e ao cabo, quando está no meio de estrangeiros, por ser um exemplo sublime e acabado daquilo que já não consegue ser em casa.
Wednesday, February 14, 2007
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1 comment:
babe, e tal, tiveste um bom arranque, mas agora é para actualizar r e g u l a r m e n t e.
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